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Vectra: 10 fatos sobre a segunda geração do modelo

Último sedan médio-grande produzido no Brasil, modelo se destaca na dinâmica e desempenho

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A segunda geração do Chevrolet Vectra tinha duas opções de motorização
A segunda geração do Chevrolet Vectra tinha duas opções de motorização Foto: A segunda geração do Chevrolet Vectra tinha duas opções de motorização

Houve uma época, nem tão distante, em que a General Motors produzia sedans de todos os portes. Verdade que a ditadura dos SUVs não imperava no mercado, mas o segmento de compactos era a maioria esmagadora e, por isso mesmo, era legal termos linhas de montagem como a do Vectra.

O sedan médio-grande baseado no homônimo europeu da Opel também era muito legal. Tinha um design bastante arrojado, boa dose de conforto e motores bastante interessantes. Foi o último da categoria a ser produzido no país, já que a terceira geração do Vectra passou a usar a arquitetura do médio Astra, a partir de 2005.

Chevrolet Onix Plus 1.0 manual é uma opção no segmento de sedans compactos e o VRUM já testou:

https://youtu.be/AnKD7ar25Gc

Vamos destacar agora 10 fatos sobre esse Vectra de segunda geração.

1 - Breve história de um sedan que fez sucesso

Este Vectra foi lançado em 1996 para substituir a primeira fase do sedan, lançada no Brasil em 1993. Produzido sobre a plataforma GM2900, seguia o design do modelo europeu fabricado pela Opel.

Com 4.49 metros de comprimento e 2,64m de distância entre-eixos, o Vectra reinava em um segmento onde os modelos das marcas japonesas – Honda Accord e Toyota Camry – não conseguiam chegar perto no custo benefício. Importante salientar que naquela época essas eram dimensões de um médio-grande.

O Vectra só teve motores 2.0 e 2.2 no Brasil, além de opção inevitável de câmbio automático. Em 1999, passou por uma leve reestilização e depois emplacou algumas séries limitadas.

Ainda ganhou um novo para-choque em 2001 e se despediu em junho de 2005 com novas versões e edições limitadas. Nos quase 10 anos de mercado, foram 310 mil unidades produzidas.

Chevrolet Vectra 1996 segunda geração prata de frente
Com estilo clássico, o sedan da Chevrolet tem 4,49m de comprimento e 2,64m de distância entre-eixos (Foto: Chevrolet/Divulgação)

2 – Os motores que equipavam o Vectra de segunda geração

Um dos fatos interessantes sobre o Vectra de segunda geração é que ele teve pouca variedade de motores. Começou, em 1996, com motor 2.0 8V de 110cv e 17,3kgfm a 2.600rpm, Familia II da GM, e câmbio manual de cinco marchas.

A variante topo de linha CD era equipada com o mesmo 2.0 litros, só que 16V com 141cv de potência e 19,1kgfm a 4.000rpm. A transmissão era a automática de quatro marchas.

Três anos após o lançamento, o Vectra passou a usar os mesmos Família II, só que com capacidade volumétrica 2.2 litros, também nas variantes 8 e 16 válvulas A potência das versões de entrada aumentou para 123cv, com torque de 19,4kgfm a 2.800rpm – mas a opção mais cara passou a gerar 138cv e 20,7kgfm a 4.000rpm.

3 – E como era o desempenho desse sedan médio-grande?

Com o motor 2.2 litros, o Vectra acelera até 100km/h na casa dos 10 segundos, de acordo com os testes de revistas especializadas da época.

Os oito válvulas se destacam pela boa força em baixos giros, retomadas eficientes e arrancadas bastante animadas. Já o multiválvulas tem ótima performance em médios giros e deslancha bem na estrada.

O motor 2.0 litros, por sua vez, voltou em 2003, 8 válvulas e com 110cv, mas com o torque mantido em 17,6kgfm. Com ele, o Vectra acelera até 100km/h acima dos 11 segundos.

Chevrolet Vectra 1996 prata segunda geração de traseira
A traseira do Vectra de segunda geração é mais discreta, mas equilibrada com o conjunto (Foto: Chevrolet/Divulgação)

4 - Um comportamento dinâmico de destaque

Um dos grandes destaques do Vectra de segunda geração é justamente o acerto dinâmico. O carro tem um coeficiente de arrasto de 0,28cx, o que favorece o desempenho e ajuda a deixar o carro no prumo.

A carroceria apresenta rigidez eficiente, o que é mais notável nas curvas. A suspensão multibraços independente na traseira colabora para a estabilidade e conforto.

5 – Conforto é um dos pontos fortes do Chevrolet Vectra

O Vectra tem um rodar que mescla bom desempenho e conforto. Motorista tem boa posição de dirigir e fica com pernas e joelhos à vontade, bem posicionados.

O banco traseiro só não é melhor devido ao túnel elevado da transmissão, que atrapalha um pouco o repouso das pernas de um ocupante que vá na parte central. O porta-malas de 500 litros é suficiente para famílias de quatro pessoas.

A suspensão tem acerto que ajuda na filtragem das irregularidades do solo, ainda mais a traseira multilínk, com calibragem mais apropriada para a proposta do Vectra. O isolamento acústico funciona na maior parte do tempo e o acabamento entrega revestimentos agradáveis nas portas, bancos e teto.

Chevrolet Vectra 1996 interior painel volante
Interior do sedan tem bom acabamento, com detalhes pouco comuns para a época (Foto: Chevrolet/Divulgação)

6 – Qual a versão legal do modelo?

A CD ano 2004/05 é a nossa pedida da vez. Com motor 2.2 16V e câmbio manual de cinco marchas, é a mais equipada possível para a época e seus preços oscilam entre R$ 22 mil e R$ 29 mil.

Na parte de itens de série, destaque para o airbag duplo frontal e freios a disco nas quatro rodas. Ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, (com sistema um toque e antiesmagamento dos vidros), som com CD Player, descansa-braco traseiro, volante com ajuste de altura, retrovisor eletrocrômico e luzes de leitura na frente e atrás integram a lista.

O Vectra também podia receber controles de estabilidade e tração, freios com ABS e EBD e teto solar como opcionais.

7 - Séries especiais marcantes na história do Vectra

O modelo da GM teve diferentes séries ao longo de quase 10 anos dessa segunda geração. A primeira surgiu em 1999, sob o nome Milenium e baseada na versão GL 2.2.

Em 2000, a Chevrolet apresentou o Vectra Challenge em homenagem à Stock Car. Limitada a 1.600 unidades e com motor 2.2 16V, tem rodas de liga leve aro 16 polegadas, faróis e lanternas escurecidos, faróis de neblina, ponteira dupla cromada de escapamento e emblemas da edição.

Na cabine, bancos, painéis das portas e volante revestidos em couro biton: preto e cinza. Detalhes metalizados no painel e no console e alavanca do câmbio diferenciada também são detalhes exclusivos da série. A Challenge teve uma outra tiragem, em 2002.

Em 2001, mais uma edição, que depois virou versão de acabamento, chamada Expression.

Quatro anos se passaram e em 2005 a Collection foi mostrada como rito do adeus para a linha Vectra. Com mil unidades, sempre na cor cinza Mayon e com motor 2.0, tem chaveiro e manual numerados.

Chevrolet Vectra Challenge 1996 cinza de frente
Chevrolet lançou o Vectra Challenge em homenagem à Stock Car, limitada a 1.600 unidades e com motor 2.2 16V (Foto: Chevrolet/Divulgação)

8 – Como é a valorização e liquidez do modelo no mercado?

O Vectra não costuma ser um carro fácil de vender. Apesar de ser bem equipado e espaçoso, é visto como automóvel caro de manter. Porém, esta longe de ser um sapato. Além disso, a segunda geração é mais valorizada que a terceira, em termos proporcionais.

9 – Ficar ligado nos preços da manutenção é importante

O três volumes não é um Corsa de se manter. Mas os motores Familia II não requerem também mágica por parte dos mecânicos, nem saga para os proprietários na hora de procurar peças.

Confira alguns custos médios de componentes, apurados na primeira semana de outubro em lojas de autopeças e e-commerce:

  • Pastilhas dos freios dianteiros: R$ 90 a R$ 250
  • Jogo com quatro velas de ignição: R$ 65 a R$ 150
  • Bomba de combustível: R$ 200 s R$ 340
  • Kit lubrificante (óleo e filtro): R$ 220 s R$ 400
  • Filtro de ar do motor: R$ 35 a R$ 50
  • Kit amortecedores traseiros: R$ 480 a R$ 700
  • Farol dianteiro: R$ 300 a R$ 500
  • Para-choque traseiro: R$ 800 a R$ 1.200

10 – Quais os defeitos comuns do Vectra?

A segunda geração do Vectra traz muitos relatos de problemas justamente referentes ao superaquecimento dos motores 2.0 e 2.2.

É indicado também ficar atento a ruídos vindos da caixa de direção na hora de manobrar. Portas desalinhadas, com dificuldades de fechar, e vidros soltos são outras ocorrências comuns relatadas em fóruns com donos do Vectra.

Confira os vídeos do VRUM nos canais do YouTube e Dailymotion: lançamentos, testes e dicas