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Por Redação Autoesporte


De frente, a diferença em relação ao Vectra brasileiro é o emblema da Opel no centro da grade (Foto: Cláudio Larangeira/Autoesporte) — Foto: Auto Esporte
De frente, a diferença em relação ao Vectra brasileiro é o emblema da Opel no centro da grade (Foto: Cláudio Larangeira/Autoesporte) — Foto: Auto Esporte

O texto abaixo é reproduzido na íntegra, exatamente como foi publicado em novembro de 1996, na edição Nº. 378. As fotos são de Cláudio Larangeira.

O cenário não podia ser mais variado e deslumbrante. Passando por estradinhas bucólicas e regiões cheias de castelos, velozes autoestradas ou congestionados centros urbanos, avaliamos o comportamento do Vectra CDX equipado com motor V6, previsto para comercialização aqui no primeiro semestre do próximo ano.

Principal estrela dessa versão topo-de-linha, o propulsor Ecotec de seis cilindros em V a 54 graus tem 2.498 cm³, comandos duplos nos cabeçotes e 24 válvulas. Ele gera 170 cv e 23,4 mkgf de torque, garantindo desempenho entusiasmante.

Por fora o Vectra CDX é quase igual ao modelo fabricado no Brasil. A grande diferença está sob o capô... (Foto: Cláudio Larangeira/Autoesporte) — Foto: Auto Esporte
Por fora o Vectra CDX é quase igual ao modelo fabricado no Brasil. A grande diferença está sob o capô... (Foto: Cláudio Larangeira/Autoesporte) — Foto: Auto Esporte

Segundo dados do fabricante este super-Vectra acelera de zero a 100 km/h em 8,5 segundos e alcança a velocidade máxima de 230 km/h. A injeção eletrônica multiponto é Bosch Motronic M2.8.3.

Se viesse ao Brasil, o Vectra CDX V6 teria grandes rivais: Fiat Tempra Stile (165 cv, 1.300 kg zero a 100 km/h em 8,0 s e máxima de 210 km/h), Renault Laguna V6 (167 cv, 1.300 kg, 8,6 s e 220 km/h) e o VW Passat VR6 (174 cv, 1.440 kg, 8,7 s e 224 km/h)

Externamente não apresenta mudanças marcantes em relação ao modelo produzido no Brasil. As principais diferenças são os emblemas de identificação 2.5 V6 na tampa do porta-malas e CDX no friso lateral, os repetidores do indicador de direção nos paralamas dianteiros e o novo desenho das rodas, além do símbolo da Opel.

Por dentro chamam a atenção a aplicação simulando madeira no console central e na empunhadura da alavanca de câmbio e elegantes padronagens do revestimento.

No interior, o destaque maior é a aplicação simulando madeira no console central. Velocímetro marca até 260 km/h (Foto: Cláudio Larangeira/Autoesporte) — Foto: Auto Esporte
No interior, o destaque maior é a aplicação simulando madeira no console central. Velocímetro marca até 260 km/h (Foto: Cláudio Larangeira/Autoesporte) — Foto: Auto Esporte

Mas é dinamicamente que o modelo médio da GM mais se revelou. Mostrou boa agilidade no trânsito denso de Paris, com respostas sempre imediatas ao acelerador qualquer que fosse a rotação do motor. A grande elasticidade facilita a condução, exigindo menos trocas de marchas.

Rumando para a região de Tours pela rápida autoestrada A10 na direção de Orleans, deu para ‘pisar’ mais a fundo e constatar a boa estabilidade direcional do Vectra V6 e a excelente aerodinâmica.

Não se percebe qualquer ruído de vento ou alteração de rumo, mesmo ao ultrapassar veículos volumosos como ônibus e caminhões.

Na traseira, a identificação da nova versão é o emblema 2.5 V6 na tampa do porta-malas (Foto: Cláudio Larangeira/Autoesporte) — Foto: Auto Esporte
Na traseira, a identificação da nova versão é o emblema 2.5 V6 na tampa do porta-malas (Foto: Cláudio Larangeira/Autoesporte) — Foto: Auto Esporte

Nos arredores de Bordeaux e Chambord o percurso mais sinuoso permitiu constatar boa capacidade de retomada do motor, mesmo em quinta marcha. O torque é tal que, exigindo vigorosamente, faz ‘cantar’ os pneus até na mudança de segunda para terceira.

Ele não transmite vibrações incômodas ao interior e seu ruído de funcionamento é quase imperceptível, denotando correta ancoragem ao monobloco (por meio de subchassi) e adequada utilização de material fonoabsorvente.

A suspensão, embora mais macia que a do Vectra brasileiro, permite contornar curvas sem dificuldade ou excessiva inclinação da carroceria.

No friso preto que corta a lateral aparece o emblema CDX e o prático repetidor do sinalizador de direção (Foto: Cláudio Larangeira/Autoesporte) — Foto: Auto Esporte
No friso preto que corta a lateral aparece o emblema CDX e o prático repetidor do sinalizador de direção (Foto: Cláudio Larangeira/Autoesporte) — Foto: Auto Esporte

Também foi avaliada a versão com câmbio automático, que revelou em maior intensidade ainda as qualidades de elasticidade do Ecotec V6. As trocas ascendentes eram feitas com rapidez mais de forma suave, sem hesitação nem trancos. Conforto total.

Atualização: O Vectra nunca chegou a ser vendido no Brasil nesta versão CDX com motor V6. Por aqui, os motores eram 2.0 litros 8V, com 110 cv, e o 2.2 16V, com 141 cv. As versões eram GLS e CD, inicialmente.

FICHA TÉCNICA

Motor
Dianteiro, transversal, seis cilindros em V, 2.498 cm3, duplo comando no cabeçote, 24 válvulas, injeção multiponto, 

Taxa de compressão
10:8,1

Potência 
170 cv a 5.800 rpm

Torque
23,4 mkgf a 3.200 rpm

Transmissão
cambio manual (cinco marchas) ou automático (quatro marchas), tração dianteira,

Carroceria
Monobloco de aço, subchassis dianteiro e traseiro, sedã quatro portas, cinco lugares

Suspensão
McPherson, braço transversal, mola helicoidal, amortecedor pressurizado e estabilizador (diant.) e Independente, multibraço, mola helicoidal, amortecedor pressurizado e estabilizador (tras.)

Freios
Discos ventilados na dianteira e discos maciços na traseira

Direção
Pinhão e cremalheira, assistida

Pneus e rodas
195/65 R15 

Dimensões (Comprimento x Largura x Altura x Entre-eixos)
4,47 metros x 1,70 m x 1,41 m x 2,640 m

Peso
1.370 kg

Tanque 
57 litros

Porta-malas
422 litros (aferido)

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